domingo, 30 de setembro de 2007

Olha eu de novo uhuuu

Sabe aquele fatídico processo de respiração celular que vc acha extremamente complicado, um monte de compostos e reações que só de pensar dá um baita sono?


Pois é, eu sou um importante intermediário deste processo e participo de algumas das reações presentes neste ciclo!!! Mas antes, que vc comece a bocejar, lembre-se que a energia que vc gastou na balada e o ar que vc está respirando ao ler este blog é consequência de todo conjunto de reações que ocorre nas suas células. E lógico, EU, alfa cetoglutarato, sou essencial para que todo o processo ocorra sem nenhum dano ao metabolismo.


A respiração celular consiste na oxidação das moléculas de glicose, ácidos graxos e alguns aminoácidos, formando duas moléculas de um composto de dois carbonos chamado de acetil coenzima A (acetil-COA) http://www.grupo11b-acetilcoa.blogspot.com/ Estas são introduzidas no ciclo do ácido cítrico, o qual as oxida enzimaticamente até CO2. A energia liberada pela oxidação é conservada nos transportadores de elétrons reduzidos NADH http://www.grupo1a-nadh.blogspot.com/ e FADH2. Em seguida, esses cofatores reduzidos são oxidados, desfazendo-se de prótons e elétrons.

Ver Ciclo de Krebs em www.icb.ufmg.br


Quer saber como eu sou sintetizado???


Um composto (não tão bonito qto eu, mas de similar importância) conhecido como isocitrato sofre oxidação, originando Euzinhu alfa-cetoglutarato e liberando CO2.
Logo após, eu sofro uma super descarboxilação oxidativa e sou convertido em succinil-CoA e CO2 pela ação do complexo da alfa-cetoglutarato desidrogenase (este complexo é composto por três enzimas).
Vale acrescentar que estas duas reações descritas acima são altamente exergônicas, ou seja, ocorrem espontaneamente e possuem energia livre elevada.´

Além disso, quando o NADH (produto da oxidação da alfa-cetoglutarato) acumula-se sob determinadas condições, as duas enzimas envolvidas isocitrato desidrogenase e alfa-cetoglutarato desidrogenase são inibidas. Mas podem ser ativadas quando há demanda de íons cálcio e concomitante aumento de ATP.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Alfa-cetoglutarato?

O estudo da vida é, por natureza, detalhado e minuncioso, afinal, bilhões de anos de seleção natural vêm moldando organismos cada vez mais complexos e aptos a sobreviverem em ambientes cada vez mais variados, ocupando nichos ecológicos cada vez mais novos ou sobrepondo nichos já existentes. E tão grande complexidade e sincronia se dão nos vários níveis de organização da vida, desde os mais abrangentes conceitos de biosfera até as peculiaridades atomicas de cada elemento químico. E átomos são as subunidades do alfa-cetoglutarato que, pois, é uma molécula.


O alfa-cetoglutarato é uma molécula estruturalmente simples, formada por dois grupos carboxila (um em cada extremidade), um grupo cetona no segundo carbono e mais dois carbonos entre o grupo cetona e a outra carboxila. Esquematicamente:





Bonita. Agora você pergunta "Onde posso encontrá-la?" e eu respondo: em qualquer célula do seu corpo, e podemos ir muito mais além, qualquer organismo que precise de energia (ou seja, todos) precisa obter energia de algum lugar. Os autótrofos são a fonte dessa matéria orgânica, utilizando uma parte dela para o seu próprio metabolismo e outra parte é ingerida pelos heterótrofos que também a utilizarão no seu metabolismo.


O metabolismo é a palavra, ou caminho, chave para encontrar a alfa-cetoglutarato. Mais especificadamente o metabolismo envolvido na liberação de energia contida nas moléculas de glicose.


Seguindo a via metabólica de uma molécula de glicose chegamos até o citoplasma celular, onde ocorre a glicólise formando duas moléculas de piruvato. Esse piruvato vai reagir com a coenzima-A formando a acetil-CoA que irá entra na mitocôndria. Essa acetil-CoA vai entrar no ciclo de Krebs e depois de três transformações, descritas mais a frente, encontraremos, finalmente, a alfa-cetoglutarato. Sejam bem-vindos!